quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Reflexão RPM

A criação da Rede Portuguesa de Museus em 2001 constituiu um momento assinalável no panorama museológico nacional. O crescimento exponencial de unidades, de variadas tipologias e obedecendo a diferentes tutelas, espelhou o dinamismo vivido pela sociedade portuguesa a partir da década de 1970. Este proliferar de instituições não obedeceu contudo a regras ou quaisquer normativos técnicos, tornando urgente a definição de princípios básicos, elementares para a sua creditação e viabilização.
A RPM respondeu de forma eficaz, activa, participante ao grande desafio que assumiu. Ao levantamento técnico e sistematização das grandes áreas de intervenção, apoiados numa sólida contextualização, seguiu-se a definição das grandes linhas de programação que, pela primeira vez em Portugal, permitiram qualificar a realidade museológica. A definição de critérios, a exigência dos pressupostos técnicos, o apoio à modernização e qualificação de equipas e equipamentos, transformaram a Rede numa entidade de referência, garante de boas práticas na área que abrange.
Ao longo de mais de uma década a equipa, pequena e dedicada, acumulou valiosa experiência e conhecimentos da realidade nacional.
Embora administrativamente enquadrada no Instituto dos Museus e da Conservação, a RPM é particularmente útil àqueles que, não sendo de tutela da SEC, necessitam de trabalhar em rede para ultrapassar o seu isolamento – os museus dependentes de autarquias, fundações, da Igreja ou de entidades particulares. A Rede ultrapassa as meras funções administrativas de cumprimento de normativos para aceder a verbas ou outros serviços, preenchendo um espaço fundamental de serviço público, com reflexos incontestáveis numa melhor gestão, de que resultam significativas implicações sociais e económicas.
No âmbito do IMC, quando passou da sua estrutura inicial de projecto para integrar a orgânica do referido instituto, a RPM perdeu capacidade de gestão, de que se ressentiu a de resposta aos membros da Rede. A integração na Direcção Geral do Património que se prevê, vai provavelmente reduzir ainda mais a possibilidade da Rede responder eficazmente às solicitações dos seus membros externos à SEC. Seria uma oportunidade para, no âmbito da Lei-Quadro dos Museus, rever e reforçar atribuições.

Évora, 6 de Fevereiro de 2012
Maria de Jesus Monge

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

3ª Jornada de Trabalho sobre Casas-Museu

Tema: Programação Museológica em Casas-Museu
Data: 06 de Fevereiro de 2012
Local: Casa dos Patudos - Alpiarça
Inscrições:
Tel. 243558321
Ao cuidado de Tatiana Gomes
Nota: estará disponível um transporte entre a estação da CP de Santarém e a Casa dos Patudos e regresso, em horário a indicar.
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Programa (PDF, 706 KB)

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Ciclo de Conferências - Museus da Comunidade de Madrid

Da Pré-história à Arte do Século XXI

Esta atividade oferece ao público, pela primeira vez, uma visão múltipla e de futuro dos seus 11 museus e coleções, a cargo dos que melhor os conhecem, o seu pessoal técnico. Esta síntese de cada instituição, da sua história, coleções, programação e objetivos, fará especial menção aos novos projetos.

Programa das Conferências de Museus da.Comunidade de Madrid (pdf, 475KB)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Tipologias de casa nobre no tratado do Arquitecto José Manuel de Carvalho e Negreiros

Texto da autoria do Arq. Hélder Carita, apresentado no III Encontro de Museus-Casa no Rio de Janeiro, na Casa de Rui Barbosa, em Agosto de 2010.

Tipologias de casa nobre no tratado do Arquitecto José Manuel de Carvalho e Negreiros (pdf, 64 Kb)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Jornadas de Trabalho sobre Casas-Museu

Decorreu no dia 14 de Fevereiro de 2011 na Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves  as Jornada de Trabalho sobre Casas-Museu  - Perspetivas e Oportunidades destinada a profissionais de Museus.
Foram abordados os seguintes assuntos:

  1. Apresentação das comunicações conforme estabelecido no programa.
  2. Desafio lançado e aceite ao IMC para que em 2013 a revista Museologia.pt seja dedicada às Casas-Museu.
  3. RPM reconheceu a necessidade de colaboração com DEHMIST português para esclarecimento dos critérios de pedidos de novas Casas-Museu.
  4. Foi lançado o desafio aos presentes para realizarem atividades conjuntas, tais como exposições, por ex.; Olhares Cruzados sobre…
  5. Necessidade de informar para o e-mail do blog actividades relevantes sobre as respectivas Casas-Museu.
  6. O Dr. Delfim Sousa (Diretor da Casa-Museu Teixeira Lopes) e a Dr.ª Maria Luísa Fernandes (Diretora da Casa-Museu Abel Salazar) informaram a assistência que está quase pronta a criação de uma Associação dedicada às Casas-Museu, que deverá ter em conta situações de dificuldade de quotização por parte de alguns museus, o que muito nos apraz pelo cuidado. 
  7.  Foi levantada a questão por parte de alguns técnicos de palácios presentes no Encontro se os Palácios são Casas-Museu. A Dr.ª Maria de Jesus Monge apresentou as conclusões académicas de trabalhos que têm sido desenvolvidos neste sentido, precisamente para distinguir as tipologias de museus que foram residências mas com diferentes históricos. Neste caso, aplicar-se-ia a categoria de Casas de Poder, denominação aceite internacionalmente para efeito de categorização mas que em nada implica alterações das designações actuais, mas sim denominações de estudo para quem trabalha em torno de museus que foram residências (reais, nobres ou outras).
  8. Necessidade de apoiar trabalhos académicos sobre o tema.
  9. Necessidade de maior presença portuguesa nos encontros internacionais.
  10. No final do Encontro foi gravado um programa para a TSF – Encontros com o Património – dedicado ao tema (passará em data a anunciar). 
Documentos para download:
    Bibliografia da American Association (pdf, 160 Kb)
    Casas-Museu - Contributos para a definição (pdf, 145 Kb)
    Casas-Museu_2011_iv_pwp (pdf, 265 Kb)
    Casas-Museu - Categorização (pdf, 35 Kb)
    The DEMHIST Categorization Project for Historic House Museums (pdf, 93 Kb)
    Definition of DEMIST (pdf, 127 Kb)
    House Museology: Houses as museums in the age of heritage (pdf, 2.365 Kb)
    Comunicação António Ponte - resumo (pdf, 158 Kb)
    Comunicação Elsa Rodrigues - resumo (pdf, 154 Kb)
    Reunión Anual de DEMHIST - Antwerp (pdf, 15 Kb)
    Tipologias de casa nobre no tratado do Arquitecto José Manuel de Carvalho e Negreiros (pdf, 64 Kb)
    Apresentação António Ponte (pdf, 3.015 Kb)
    Maria Jesus Monge - Jornada Casas-Museu - 2011 (pdf, 361 Kb)

      segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

      Jornadas de Trabalho sobre Casas-Museu

      A Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves organiza no próximo dia 14 de Fevereiro  de 2011 as Jornada de Trabalho sobre Casas-Museu  - Perspectivas e Oportunidades destinada a profissionais de Museus.
      As incrições estão abertas até ao dia 7 de Fevereiro cmag.anamantua@imc-ip.pt
      Entrada gratuita limitada à lotação da sala.

      segunda-feira, 12 de julho de 2010

      National - International. Art and politics in houses and interiors of the 20th century

      Brno, República Checa, 21 a 24 de Abril

      Entre os dias 21 e 24 de Abril de 2010 decorreu em Brno, na República Checa, a Conferência "National - International. Art and politics in houses and interiors of the 20th century", cujas fotos estão publicadas no seguinte link:

      http://www.facebook.com/album.php?aid=425943&id=312236305130

      Devido às cinzas emanadas pelo vulcão islandês, Lynda Waggoner, Directora de Fallingwater, EUA, não conseguiu estar presente pelo que a sua comunicação "Fallingwater: Frank Lloyd Wright Responds to the International Style" está publicada online em

      http://waterlandlife.org/dropbox/lynda.html

      As conclusões desta conferência serão publicadas brevemente.

      segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

      Categorização das Casas-Museu



      Paço dos Duques, 1 de Fevereiro de 2010


      A tipologia casa-museu tem suscitado em Portugal interesse e inúmeras actividades nos últimos anos. Vários encontros nacionais e um encontro internacional, seguiram-se à realização da reunião anual do DEMHIST que teve lugar em Lisboa em 2005.
      Internacionalmente, o grupo de trabalho que constitui o comité temático internacional do ICOM, tem vindo a trabalhar para dar a conhecer as especificidades desta tipologia de museus, que abarca uma infinidade de projectos diferenciados. O projecto de categorização, iniciado há quase uma década, contou com a colaboração de dezenas de instituições portuguesas e inicia agora uma nova fase.
      No dia 1 de Fevereiro de 2010, no Paço dos Duques de Bragança, em Guimarães, tentou-se dar a conhecer, no âmbito deste projecto, o caminho percorrido até à data e o que se perspectiva para o futuro. A presença e a participação de um grande número de profissionais foram fundamentais para o debate sobre o trabalho realizado e o desenvolvimento de novas vertentes, designadamente a utilidade do projecto de categorização no contexto nacional.

      Palavras de abertura

      Dr. António Ponte
      Director do Paço dos Duques

      Bom dia a todos.
      Queria, antes de começar, agradecer a todos a participação e dizer-lhes que foi com muito agrado que o número de inscrições superou, significativamente, aquilo que nós tínhamos previsto em termos de reunião inicial.
      Falta apresentar a Dra. Maria de Jesus Monge que é Vice-Presidente do DEMHIST (Comité das Casas-Museu e Casas Históricas do ICOM) e a Dra. Elsa Rodrigues que é investigadora na área das Casas-Museu e trabalha na Casa-Museu João de Deus. Eu sou António Ponte, director do Paço dos Duques, e queria de facto registar com agrado a participação de todos os que aqui estão e ainda daqueles que ainda chegarão neste encontro, porque de facto mais do que um encontro pretendemos ter as chamadas jornadas de trabalho.

      O Projecto Internacional de Categorização das Casas-Museu

      Dr.ª Maria de Jesus Monge
      Directora do Museu da Casa de Bragança / Paço Ducal de Vila Viçosa
      Vice-Presidente do DEMHIST - Comité do ICOM para as Casas-Museu e Casas Históricas


      Bom dia a todos.
      A maioria conheço bem, por termos andado nestas andanças já nos últimos anos. De qualquer forma, vou falar-vos um pouco da génese do DEMHIST, sei que metade a conhece, os outros não tanto: como nasceu, se desenvolveu e portanto, antes de começar a explicar o projecto de categorização, vou falar um pouco da instituição e das pessoas que têm estado a trabalhar por detrás deste projecto nestes últimos anos.

      Proposta de Categorização das Casas-Museu - O Ponto da Situação

      Dr.ª Elsa Rodrigues
      Casa-Museu João de Deus

      No projecto de categorização das Casas-Museu, inicialmente uma Casa-Museu é uma casa que foi musealizada, uma casa com a mobília original. Vou dar exemplos que provam que nem sempre se passa assim. No entanto, quando os objectos se mantêm no seu local original, ajudam o visitante a ter um contacto mais próximo com a pessoa que lá viveu ou até com a própria interpretação dos objectos, porque eles não estão desgarrados do seu sítio de origem.

      Intervenções


      Durante o debate os participantes comentaram as comunicações colocando dúvidas e dando sugestões. 
      No fim destas, a mesa efectuou uma  intervenção final.